segunda-feira, 23 de novembro de 2015

houellebecq, "hollandes" e franceses

Michel Houellebecq diz de Hollande e dos seus compatriotas o que por aqui já disse mais apressadamente. Eu digo-o(s) “merdinhas”, ele di-lo(s) “l’insignifiant opportuniste”. Venha o diabo e escolha o mais ofensivo insulto.
Houellebecq – digo-o de cima de um incomensurável desinteresse pelo “pensamento” francês do presente; portanto, de cima de uma hipotética ignorância – é o único pensador que vale a angústia de traduzir. Exprime-se geralmente pela novela que também é isso mesmo (se calhar mais isso que outra coisa qualquer), lugar de ideias. E são elas – sobretudo elas - aquilo que diferencia um grande escritor de um escritor menor, como Saramago, por exemplo. Enquanto este se passeou ociosamente pelos mais enfadonhos lugares comuns de onde nunca foi capaz de levantar voo, Houellebecq irrita os bem pensantes que por lá adormecem.
Por isso, mal-amado pelos franceses que elegem Hollande’s e os deixam em santa paz numa sórdida cumplicidade de silêncios.


Para ler aqui (pelos que sinceramente se interessam pela França e pela segurança dos franceses).

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