quarta-feira, 20 de janeiro de 2016
nemo iudex in causa sua?
Neste arramalho das subvenções vitalícias causa-me algum espanto o alheamento em que a “informação de referência” leva em conta o conhecimento de que os senhores juízes do tribunal constitucional – tal qual o patrão-deputado-da-nação – também abicham as ditas.
Ora, diz a máxima latina (e o bom juízo de quem o chega a ter), que ninguém pode ser juiz em causa própria. No meio de tudo isto vem uma sonsa, candidata a morgadinha do canavial (e ao tempo, nem mais nem menos que presidente de uma das lojas que designa os senhores juízes), notável subscritora de um pedido de fiscalização da chatice de não abichar e declara – constrangida e com a expressão mais séria do mundo – que ela, coitada, se limita a respeitar “como sempre, as decisões do Tribunal Constitucional”. Quer ela dizer: “-No fundo, não concordo com esta filha-da-putice. Mas precisamos de respeitar os tribunais num estado de direito, ‘tá a ver?”
Ao que vou vendo, parece-me que a ninguém sobra memória para lembrar pequenas e grandes coisas de um ontem qualquer. E eu tenho-me achado em bem no silêncio em relação a mais essa despesa que aí vem para o fim-de-semana. Mas recordo-me desta pombinha quando foi notícia do “Independente” por ter ido às latinhas dos peditórios da Liga Portuguesa contra o Cancro para se ir aviar de uns pasteis numa pastelaria qualquer. Coisas de nada que fazem mundos e têm a mania de me ficar pela cabeça.
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