domingo, 2 de outubro de 2016

p. 207 (notas de leitura)

De onde se dá notícia de um calhandreiro com episódios de insanidade mental que vai a presidente da República. As páginas de Saraiva são enfadonhas porque não acrescentam nada; não era candidato à câmara nem seria candidato à liderança do PSD. Cristo desceu à terra, fez uma campanha sem dinheiro e no requinte de por ela ser pago em comícios dominicais até às vésperas do dia da eleição presidencial. Arabesco a que uma comissão de não sei quê das eleições disse nada, mais ou menos o que disseram os comparsas a concurso.

Diretor do Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa, na revisão de textos de uma secção de fait divers enfia o seguinte comentário: “Balsemão [proprietário do jornal] é lelé da cuca” (o senhor professor viria a fazer uso da expressão em relação a muitas outras pessoas). Entretanto já havia simulado o seu enforcamento no parapeito da janela da sala em que aguardava uma entrevista com o mesmo Balsemão. Outros episódios e histórias correm - e tive oportunidade de ouvir de quem se me afigura com possibilidades de as ter testemunhado - sobre o nosso querido presidente. Como a da receção a um embaixador. Em cuecas. Até podia acrescentar uma delas, relacionada com viagens e muito curiosa, que por um acaso tive a oportunidade de testemunhar. Não farei nada disso. Apenas o menciono para recomendar prudência quando, a propósito de alguém, o ouvirem pronunciar o diagnóstico de que é “lelé da cuca”.
Dá-se apenas esta coisa extraordinária de - um personagem excêntrico e idiossincrático, potencialmente divertido -, em poucos dias, ter conseguido exceder o irritante enfado que me dava volta ao estômago com o Jiló.

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