À saída da "convenção da AD", o doutor montenegro foi assaltado com aquilo que adequadamente descreveu como a "agenda" da CS - deu para perceber que uma das senhoras com a tal agenda ficou um pouco incomodada, mas o doutor montenegro insistiu. Que a agenda dele era o país, respeitava muito a dos senhores "jornalistas", mas essa não era a dele.
Tarde demais.
Não vão longe os dias em que a "agenda" da CS consistia em saber ad nauseam se o doutor montenegro estava disposto a render-se às "linhas vermelhas" - "cordão sanitário", para os mais lidos...
Na altura, o doutor montenegro acabou por claudicar a esta "agenda", coisa que lhe valeu rigorosamente nada porque continuaram a jurar que o doutor ia quebrar "as linhas vermelhas".
Lá terá pensado - não sozinho...- que seria a melhor maneira de estancar a sangria que o "Chega!" fazia no seu eleitorado.
Não estancou rigorosamente nada.
Mas se essa era realmente a intenção do doutor montenegro - a dúvida é retórica - a melhor maneira de o fazer teria sido a paciência. Se atentarmos nas sondagens, o "Chega!" tem aproximadamente metade dos votos que teria o psd sozinho. Numa eventual aliança "das direitas", não creio que o "Chega!" pudesse continuar a falar tão alto quanto o faz agora.
Voltando à "convenção da AD": o doutor Paulo Portas fez um magnífico discurso, se presumirmos que foi escrito na ignorância de sucessivas sondagens. Porque elas sugerem muito expressivamente que os eleitores já se cansaram das "curas de oposição" que ele agora propõe para o ps. Já sabem que ao fim de cinquenta anos o bloco central não tem cura. Já sabem que quase toda aquela gentinha que o aplaudiu sem o entusiasmo de antigamente e se deu ao cuidado de enfeitar a "convenção", foi lá com o único propósito de tentar ficar por "perto da chicha", para fazer uso da maravilhosa expressão de um deles.
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