sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

as presidenciais e o poder local

Jornalistas e influenciadores andam literalmente obcecados com os presidenciáveis. Investem especial atenção num almirante que, lá para janeiro de 2026, poderá eventualmente suceder à coisa que por lá anda agora.
No que respeita às eleições autárquicas – a realizar em setembro de 2025 – o poder local só parece oferecer interesse jornalístico quando candidatos como a doutora sanfona são acusados de se apropriarem da agenda do “chega”.
Entretanto, na minha terra natal, os edis comprometem-se com a realização de 600 quilómetros de ciclovias. Que calham ser precisamente a coisa mais odiada pelos adeptos da modalidade. Isto não obstante várias das estradas municipais se assemelharem muito no seu estado de conservação a estradas que eu vi pelos arrabaldes de Odessa. Já em Águeda, a edilidade - eleita certamente por um dos dois, como na minha terra natal – promete reincidir no “maior pai natal do mundo”, coisa de meio milhão que mais uma vez não vai sair dos fundos do PRR. Supõe-se que já tudo estará feito. E nada mais havendo a prover, deu-se por concluída a imaginação.
Do norte às ilhas, muito poucas serão as localidades capazes de oferecer exemplos de boa gestão de dinheiros públicos. Torra-se o dinheiro dos contribuintes com a mesma leviandade com que se elaboram orçamentos para essa fonte de embaraços que é a presidência da república. Na mais imperturbável indiferença de todos.


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