domingo, 1 de dezembro de 2024
notícias de aleppo
É pouco provável que muitas pessoas ainda se lembrem do tempo em que o jornalismo era uma actividade respeitável. Eu lembro. Nas televisões, as origens das imagens de qualquer reportagem eram sempre identificadas de algum modo: a um canto do ecrã, em barras horizontais, oralmente, etc. Nunca cheguei a perceber se a regra era determinada por lei. Parti sempre do princípio que era determinada por alguma regra de um código deontológico, uma regra eventualmente não escrita. Mais grave, as imagens que acompanham reportagens de conflitos são rigorosamente as mesmas em todos os canais televisivos. Ninguém sabe quem as produz, quanto custaram ou se são gentilmente oferecidas já com texto a empresas de comunicação tecnicamente falidas e desacreditadas que sobrevivem sabe-se lá como - algo que é manifestamente perigoso em qualquer regime democrático. Agora mesmo ouvi na sic uma moça a referir-se aos "capacetes brancos" em Aleppo, uma organização da al-Nusra - o braço sírio da al-Qaeda - que pretende confundir-se junto da opinião pública com os capacetes brancos da ONU.
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