Ora, não obstante o facto de tais afirmações derivarem do mais elementar bom senso, da mais rudimentar consideração por um conjunto de valores identitários cuja corrupção deveria ser intolerável para todos, foram recebidas com um ruido que nos deveria deixar perplexos. É aceitável que membros de uma qualquer comunidade que acolhamos desrespeitem os nossos valores ou costumes? É aceitável que membros de uma qualquer comunidade cultivem entre nós o costume de nos desrespeitarem em resultado do rancor e ressentimento que lhes foi inculcado nos seus países de origem por professores semianalfabetos em escolas públicas? É aceitável que uma qualquer comunidade se consinta barbaridades como a excisão feminina entre nós? É aceitável que jovens adolescentes sejam impedidas pelos seus progenitores de frequentar a escola? São aceitáveis entre nós as várias práticas culturais de subalternização das mulheres por parte de qualquer comunidade?
A ajuizar pelo supramencionado ruído, se a resposta não é um “sim” mais ou menos explicito, é pelo menos um contemporizador silêncio. Por parte de muitos dos seus camaradas do PS assim como de muitos “jornalistas” e comentadores. Já para não falar daquela ruidosa minoria que se compraz a insultar-nos colectivamente com a acusação de haver motivações “racistas”, “xenófobas”, “intolerantes”, enfim, o cardápio que gostam de nos cuspir na cara à mais tímida reacção a estas afrontas culturais.
Pouco nos deveriam importar as reais motivações do secretário geral do ps nesta súbita consciência. Pouco importa que no íntimo possa pensar rigorosamente a mesma coisa que alguns dos seus camaradas e a esquerda antidemocrática. Disse o que precisa ser dito na defesa do corpo de valores que são pleito da nossa identidade colectiva.
Em que não acreditam. Mas isso já é toda uma outra história que não é para aqui chamada.
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