sexta-feira, 13 de novembro de 2015

o merdinhas

Enquanto o merdinhas que vai de lambreta (com motorista) dar uma trancada em esguelha de sacramento afirma lá do alto dos seus tacõezinhos que é inaceitável a continuidade de Bashar Hafez al-Assad ao comando dos destinos da sua ex-meia-colónia– porque coiso -, rebentam uns petardos no bataclan e o cachopo é retirado em braços pelos seguranças lá na capital da republiqueta islâmica da frança.

Lembro-me dos túmulos de D. Pedro e D. Inês esventrados por mercenários a soldo de Napoleão e sorrio…

(não devia fumar tanto; a vida é bela)

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ADITAMENTO: Quando escrevi este comentário, o que dele consta era tudo quanto sabia acerca do assunto; ouvi os petardos em direto e vi o merdinhas a ser recolhido durante uma partida de futebol. Ainda não estavam contadas as vítimas e falava-se em feridos. Não tenho agora razão alguma para mudar uma única vírgula. Os cidadãos – em França, como aqui ou em qualquer outro lugar – têm o dever cívico de se mobilizar contra o esterco moral dos líderes que elegem. Os franceses não têm o direito moral de ignorar os sucessivos golpes de estado perpetrados na África francófona que depõem líderes democraticamente eleitos - e em quem os povos depositam esperança - para em seu lugar colocarem os lacaios que mais convêm aos interesses da sua “zona” financeira. Os franceses não têm o direito de se alhear do terrorismo e do mais flagrante desrespeito pelo direito internacional que os seus lideres praticam quando se presumem o direito de depor um líder de um estado soberano sobe os mais ridículos pretextos quando na verdade a ÚNICA razão para o fazerem prende-se com a indisponibilidade desse líder em assinar um acordo para a construção de um gasoduto entre a Qatar e o Mediterrâneo. 

Ainda que pudessem recolher benefícios económicos de tal acordo, os cidadãos franceses não têm o direito de mercadejar a mais absoluta inumanidade em benefício do seu incerto bem-estar. 

DEVERIA SER ESCUSADO ACRESCENTAR QUE NADA DISTO PODE SER INTERPRETADO COMO APROVAÇÃO DA BARBÁRIE QUE AGORA E OUTRA VEZ LHES BATE À PORTA.

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