domingo, 14 de fevereiro de 2016

nancy sinatra (bang bang)



Seguramente por uma qualquer limitação minha, sempre senti por Nancy Sinatra um afeto que o pai nunca foi capaz de me inspirar. Não que não tenha interpretado coisas insuportavelmente enfadonhas e sem qualidade. Contudo, devidamente joeirada, arranjou modo e talento para umas três dezenas de temas que sobrevivem ao “teste do tempo” (que é como quem diz, não me vou com Anthony Savile nessa maneira de aferir valor…)

Bom, mas isso agora não interessa. “Bang bang” foi escrita (muito provavelmente sob a influência das bandas sonoras de Ennio Morricone) por Sonny Bono para Chèr (que na altura também era Bono) em 1966. Na versão original de Chèr, “Bang bang” é instrumentalmente aperaltada, vocalmente imbecil e deslaçada da letra. Nancy canta-a no tom adequadamente evocativo e instrumentalmente espartano na gibson de Billy Strange. Tal qual a lembro a sair da rádio lá de cima do frigorífico novinho em folha dos meus poucos anitos. Talvez Tarantino lhe tenha dado uma segunda vida. Ou talvez não. Porque toda as coisas que a têm nunca chegam a morrer. Ou porque…

I was five and he was six
We rode on horses made of sticks
He wore black and I wore white
He would always win the fight

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down.

Seasons came and changed the time
When I grew up, I called him mine
He would always laugh and say
"Remember when we used to play?"

Bang bang, I shot you down
Bang bang, you hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I used to shoot you down.

Music played, and people sang
Just for me, the church bells rang.

Now he's gone, I don't know why
And till this day, sometimes I cry
He didn't even say goodbye
He didn't take the time to lie.

Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down...

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