sexta-feira, 24 de julho de 2020

helicóptero da sic

"Como o ex-líder do BES inventou um concurso público para a gestão de um fundo de pensões, empolou valor de ações em 300% e forjou contratos, assinaturas e a contabilidade de várias sociedades do GES.
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O próprio convite falso da PDVSA tinha um ardil: a petrolífera venezuelana punha como condição para adjudicar a gestão do seu fundo de pensões aos Espírito Santo a "descativação dos saldos bancários" de cerca de 235 milhões de euros dados como garantia de empréstimos concedidos pelo BES. Porquê? Porque Salgado queria desviar esses fundos para a ESI.
O 2.º Ato é mais uma falsificação. Desta vez, uma ata da PDVSA que declarava o BES vencedor do concurso inventado. Na ficção de Ricardo Salgado, o BES tinha vencido alguns dos bancos mais importantes bancos suíços (a UBS de Zurique e o BSI de Genebra) e o Mitsubishi Tokio. Nenhuma destas entidades apresentaram qualquer proposta à PDVSA para a gestão do suposto fundo de pensões.
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Com esses 235 milhões de euros 'na mão' a ESI anulou um saldo negativo da conta bancária da Espirito Santo Financiére e reembolsou 47,7 milhões de euros de papel comercial da ESI vencidos. Uma jogada de desespero que não impediu o inevitável: o colapso do GES."

daqui )

Em toda esta extraordinária história - com aquele a quem já chamam o "Alves dos Reis do séc. XXI" como protagonista -, o que eu ainda gostaria de saber (ser informado pelos senhores jornalistas assalariados do novo SNI era ouro sobre azul) são duas coisas:
1-A quem é que Salgado se referia quando numa das escutas “televisionadas” o ouvimos a suspirar o seguinte: “Enfim, estamos rodeados por este tipo de gente…”. Eu acho que sei, acho que todos sabemos: é quase todo o regime. E quando ele ameaça defender-se “até às últimas consequências” não será em vão que o faz…;
2 – Agora que estão com a contabilidade em mãos, gostaria de saber quantos milhões é que o BES e satélites devidamente domesticados (PT, EDP, …) gastou em anúncios de página dupla e em intervalos de telenovela, ao mesmo tempo que o “jornalismo económico”, vez por outra, foi suspirando com imensa timidez a estranheza pelo não recurso à capitalização  e coisinhas do género…




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