quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

querido polígrafo,

Rogo-te que me tenhas na maior das gratidões se, porventura, te deres à fadiga de confirmar a informação - repetidamente censurada nas redes sociais e na comunicação social - de que o jovem cabo-verdiano assassinado em Bragança foi vítima de um crime racista perpetrado por cidadãos de cultura cigana, uma cultura consabidamente racista (coisa que não se pode dizer porque configura crime de "racismo"...).
De caminho até seria simpático procederes à distinção entre "fazer parte de uma cultura” e "ser de uma raça” (conceito, de resto, antropologicamente desvalorizado, mas enfim...).
Outra coisa: porque é que as manifestações relacionadas com esta tragédia, em Lisboa foram "contra o racismo" e em Bragança foram "contra a violência"?
Quem é que se manifesta com verdade e quem é que se manifesta sob mentira?
Sabemos que o “racismo”, entre outras coisas nojentas, também é uma “violência”. Mas “racismo” e “violência” não são palavras exatamente sinónimas pelo que apenas uma das manifestações se manifesta em respeito pela verdade… E assim sendo, pelo menos um destes grupos de manifestantes devia ser sujeito à prova da agulha vermelha do vosso respeitável polígrafo.
Tenho estado à espera.
Mas absolutamente seguro de que não queres mais do que a verdade acima de todas as censuras e que até era escusado dirigir-te este pedido de esclarecimento, subscrevo-me antecipadamente grato.

Sem comentários:

Enviar um comentário