terça-feira, 8 de outubro de 2024

a manchete do sr. vitor matos

A manchete - de um "exclusivo" assinado pelo senhor Vítor Matos, empregado do Expresso - deveria merecer alguma atenção da parte do "Poligrafo". Com efeito, ainda que venhamos verificando a necessidade de proceder à revisão do conceito de "jornalismo" (que agora subentende uma actividade aparentada com a de "influenciadores", para quem factos pouco importam quando não convenham à ilustração das suas narrativas), a injúria ainda é crime e o título "Almirante quer mais dois submarinos para ficar na Armada e desistir de Belém" é exactamente isso, uma injúria. E para que não haja qualquer dúvida de quem seja o injuriado, a fotografia corre imediatamente abaixo.
Senão repare-se: que o Sr. Almirante deseje ver bem provida de meios a marinha cujos destinos comanda, é perfeitamente normal e defensável. Mas o que o título do senhor Vítor Santos diz - e depois profusamente replicado pela CS - é algo totalmente diverso. É uma injúria de que o próprio não deixou de se defender ao afirmar: "Os militares não chantageiam os políticos". Acrescentando “Eu não exigi, nem exijo nada. Ponto final. Parágrafo”.
E é daqui que se impõe o "Polígrafo" da mesma empresa. Porque o empregado do Expresso diz (por escrito) que o senhor almirante chantageou o poder político e o visado afirma peremptoriamente que não. De onde apenas um pode estar a dizer a verdade, ainda que a fonte do senhor Vítor Matos possa ser imaginado como um respeitável mentiroso. É que embora a injuria seja crime particular - e portanto dependa da apresentação de queixa  - ela não deixa de versar coisa pública e envolver um putativo candidato à sucessão do cavalheiro que vez por outra pára por Belém.



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