Ao entrar num elevador, Saraiva confronta-se com Duarte Lima: “Fiquei tão surpreendido que, quando já avançava para entrar, parei bruscamente. Aí, ele diz-me com toda a calma: ‘Senhor arquiteto, não se atemorize…’ Entrei, cumprimentei-o e ele apresentou-me uma outra pessoa que vinha no elevador: ‘O meu filho…’ E virando-se para o filho: ‘O Senhor arquiteto José António Saraiva, diretor do jornal Sol.’ Este é o retrato verdadeiro de Duarte Lima: frio, gelado, nunca tira a máscara, nunca se emociona. O seu olhar não transparece qualquer emoção e no seu rosto não se vê um único músculo mexer mesmo nos momentos mais difíceis. E isto é um tanto assustador."
É. Parece de ficção, esta mistura de melomania e gelo.
Sem comentários:
Enviar um comentário