quarta-feira, 5 de outubro de 2016

p. 247 (notas de leitura)

De onde se fala de Pedro Passos Coelho, anunciado apresentador do livro que se escusou de o vir a fazer em virtude de uma borrasca. Estou tentado a resumir o ex-primeiro-ministro com duas metades de dois subtítulos das páginas que lhe são dedicadas: um ”muito formal” “balão cheio de ar” (esta descrição é minha; não a imputo ao autor embora o cite).

Interessante – e largamente coincidente com a impressão que tinha da senhora – é o retrato que Passos Coelho faz de Dilma Rousseff: “’É uma mulher presunçosa, arrogante, desagradável, roçando a má educação’
Adianta que ela despreza Portugal e fez várias desfeitas a Cavaco Silva. Exemplifica: numa cimeira ibero-americana em Cádis, em novembro de 2012, esteve 10 minutos a falar com Cavaco em espanhol, como se não soubesse quem ele era. Este estava estupefacto, sem saber o que fazer: Dilma era Presidente do Brasil há dois anos e não o conhecia?”

Precisamente, caro Saraiva; além das aduzidas propriedades, a criatura junta-lhes a ignorância  que anda sempre de namoro com a presunção.
De onde se segue que os nossos compatriotas brasileiros (sim, sim, porque a minha pátria é mesmo a minha língua) não parecem ter sido abençoados com melhor sorte no que ao poder político diz respeito.

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